Uma estudante indiana de 28 anos perdeu por apenas 10 minutos o voo AI171 da Air India que caiu logo após a decolagem em Ahmedabad na quinta-feira (12), matando 241 pessoas a bordo. O congestionamento no trânsito atrasou sua chegada ao aeroporto, impedindo seu embarque para Londres, o que acabou salvando sua vida.
O acidente ocorreu quando a aeronave, que seguia para o aeroporto de Gatwick em Londres, enfrentou dificuldades para ganhar altitude e caiu aproximadamente 30 segundos após iniciar o voo. A queda aconteceu em uma área residencial, resultando na morte de todos os ageiros e tripulantes, exceto um sobrevivente.
Segundo a BBC, o atraso de Bhoomi Chauhan foi causado pelo intenso congestionamento no centro de Ahmedabad durante seu trajeto de 201 km desde Ankleshwar, no oeste da Índia. Ela estava retornando de férias para Bristol, na Inglaterra, onde mora com o marido.
A estudante de istração de empresas chegou ao aeroporto às 12h20 no horário local, quando o embarque já havia começado há 10 minutos. Apesar de ter realizado o check-in online e ter sido designada para o assento 36G na classe econômica, os funcionários da companhia aérea não permitiram que ela concluísse o processo no aeroporto.
O incidente afetou Chauhan, que inicialmente ficou frustrada com a situação. Após deixar o aeroporto, ela parou em um estabelecimento para tomar chá, onde recebeu a notícia sobre o acidente enquanto conversava com seu agente de viagens sobre o reembolso da agem.
A tragédia vitimou 241 pessoas a bordo, incluindo 12 tripulantes, além de pelo menos oito pessoas em solo. Entre os ageiros estavam cidadãos indianos, portugueses e canadenses.
Um único ageiro sobreviveu ao acidente: o cidadão britânico Vishwashkumar Ramesh, que foi hospitalizado para tratamento de ferimentos.
Ainda não foram divulgadas as causas do acidente. Os serviços de emergência e autoridades trabalharam até tarde da noite de quinta-feira para remover os destroços e iniciar as investigações sobre o ocorrido.
Em entrevista ao mesmo veículo, Chauhan compartilhou sua experiência, descrevendo o ocorrido como "um verdadeiro milagre" para ela. A estudante revelou que tentou convencer os funcionários da companhia aérea a permitir seu embarque: "Pedi aos funcionários da companhia aérea que me deixassem entrar, pois estava apenas 10 minutos [atrasada]. Eu disse a eles que sou a última ageira e que me deixassem embarcar, mas eles não me deixaram."
Chauhan também expressou como se sentiu no momento: "Quando perdi o voo, fiquei deprimida. A única coisa que eu tinha em mente era: 'Se eu tivesse saído um pouco mais cedo, teria embarcado'." Ela afirmou: "Ficamos muito bravos com o nosso motorista e saímos do aeroporto frustrados. Fiquei muito decepcionada."
A estudante relatou ainda como recebeu a notícia do acidente: "Saímos do aeroporto e paramos em um lugar para tomar chá e, depois de um tempo, antes de sair... estávamos conversando com o agente de viagens sobre como obter o reembolso da agem. Lá, recebi uma ligação dizendo que o avião tinha caído."