O vôlei com conhecimento e independência jornalística

Não se pode exigir nada de quem não tem nada a oferecer.

A CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, atirou no que viu e acertou no que não viu na escolha do tradicional Ibirapuera para a decisão da Superliga.

O evento entre Osasco e Bauru, dois clubes paulistas, foi perfeito para o reencontro do público com o ginásio.

O problema nunca foi falta de tempo, afinal a definição do local aconteceu no início de março, e sim de organização.  

Primeiro com algumas ações publicitárias completamente forçadas, desnecessárias e mal conduzidas antes do jogo.

Durante a partida a comprovação da péssima qualidade da acomodada e insegura arbitragem brasileira que enterrou o VAR e brigou diversas vezes com a tecnologia.

Para sorte dos envolvidos, Osasco, diretamente prejudicado, superou a aberração e venceu na bola Bauru.

Por fim, a baderna instalada em quadra após Tifanny confirmar o título.

Um monte de gente com crachá pendurado no pescoço batendo cabeça enquanto brotavam penetras por todos os lados.

Amigos das jogadoras, amigos dos amigos, dirigentes em excesso, políticos, tios, avós, pais, mães, papagaios, periquitos, ou seja, uma verdadeira zona sem limites.

O mais constrangedor foi constatar a falta de etiqueta dos envolvidos e responsáveis pela premiação, isso claro sem contar com a ausência de Thaisa e Sofya.

A CBV pisa e maltrata o melhor produto.

O evento pede o mínimo de apresentação e quadra despoluída.

Ainda que o Brasil seja o país tropical, os principais campeonatos nacionais do mundo possuem regrinhas básicas como terno e gravata, paletó, blazer que seja, dos dirigentes, representantes dos patrocinadores, gestores dos projetos e escolhidos para a entrega de medalhas.

O que se viu, fora as sacolinhas presenteadas, foi lamentável, brega e cafona.

É aquilo: mais vale uma esculhambação organizada do que uma organização esculhambada.